domingo, 12 de setembro de 2010

Costinha (humorista) - Lírio Mário da Costa

Lírio Mário da Costa

Nascinento: Rio de Janeiro, 24 de março de 1923;
Morte: Rio de Janeiro, 15 de setembro de 1995;
Apelido: mais conhecido como Costinha, foi um humorista e ator brasileiro.


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Biografia

Nascido no Rio de Janeiro, capital federal na época, Costinha vem de família de cunho artístico: seu pai foi palhaço de circo. A infância circense iria influenciar a trajetória do humorista de forma definitiva. Porém, a situação estável da família muda quando ele completa treze anos: seu pai e grande ídolo, abandona a família. Então, o então menino Costinha tem de deixar a vocação artística e pegar no batente. Foi, dentre outras profissões, contínuo, garçom de botequim, engraxate e até apontador de jogo do bicho. Esse convívio ao lado de tipos urbanos e muitas vezes até marginais do Rio dos anos 40, seria muito importante nos personagens feitos pelo humorista posteriormente.

Em 1942, emprega-se como faxineiro da Rádio Tamoio. Pelo novo veículo ganha sua grande chance, sendo radioator em diversos e importantes programas da época como "Cadeira de Barbeiro", "Recruta 23" e mesmo na primeira versão radiofônica da Escolinha do Professor Raimundo. Fez parte do cast de importantes emissoras da época como a Record e também a Mayrink Veiga. Também era cômico no Teatro de Revista, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.

Em seguida, no veículo pelo qual se tornaria um astro nacional pelas piadas obscenas e pelas famosas imitações de "bichinha". Já como grande personalidade consagrada, Costinha fez diversas propagandas, destacando-se na das Loterias do Rio de Janeiro (onde chegou a ser dirigido pelo cinemanovista Cacá Diegues). A série de discos de humor nos anos 70 e 80 “O Peru da Festa” e “As Proibidas do Costinha”, tiveram grande vendagem pelo selo CID.

No cinema, sua participação foi intensa desde os anos 50. Sua primeira participação foi logo no polêmico “Anjo do Lodo” de Luiz de Barros. O filme foi a segunda adaptação do livro “Lucíola” de José de Alencar as telas. Voltaria as ordens de Lulu de Barros em “O Rei do Samba”, biografia do lendário sambista Sinhô.

Seu tipo franzino e marcadamente de cabelos engomados, era perfeito para papéis secundários e pontas das chanchadas. Essa função, ele desempenharia com atores como Wilson Grey, Wilson Viana e tantos outros dessa geração. A produtora dominante da época, a Atlântida, tinha astros cômicos como Oscarito e diretores como Carlos Manga. Já a secundária mas não menos importante, Herbert Richers, apostava em outros nomes da época, como Ankito e em realizadores como Victor Lima e J.B. Tanko.

Costinha logo é chamado pela segunda para desempenhar papéis secundários. Ás vezes conseguia ser bandido (“De Pernas pro Ar”), um aspone do Carlos Imperial (“Garota Enxuta”) ou mesmo um fotógrafo de jornal (“É de Chuá”). O melhor filme de toda essa fase é “Sherlock de Araque”. Outros filmes do período na época são feitos ao lado de Zé Trindade.

Com a chegada de movimentos cinematográficos mais ambiciosos e pretensamente intelectuais de Gláuber e seus pares, o espaço de comediantes oriundos da chanchada foi a televisão. Nos anos 60, pouquíssimas comédias ou filmes populares foram feitos no Brasil comparados com a década anterior. Uma exceção é um interessante ciclo de fitas policiais e nazi-exploination (“Os Carrascos Estão Entre Nós”). Porém, nomes como Oscarito, Grande Otelo, Ankito se viram mais sem meio do cinema e sem o estrelato de antes.

Mas a televisão, se é um excelente meio para os até então secundários em chanchadas. Por ele, Costinha consegue se tornar uma personalidade conhecida em todo território nacional, levando milhares de brasileiros a darem muitas risadas.

Os anos 70, trazem os velhos comediantes de volta as telas. O cinema volta a ser popular. Seja em filmes urbanos (“Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva”), homenagens à chanchada (“Salário Mínimo”), filmes de juventude (“Amor em Quatro Tempos”) ou mesmo em pornochanchadas (“Histórias Que As Nossas Babás Não Contavam”). Outra coisa típica da década mais dinâmica da carreira cinematográfica do comediante foi as paródias em que ele foi o personagem principal em diversos filmes. Isso ocorre em fitas como “O Libertino”, “O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra as Panteras”, “Costinha, o Rei das Selvas”, “Costinha e o King Mong”, “As Aventuras de Robinson Crusoé”… neste último, faz par com Grande Otelo, dom direção de Mozael Silveira. Continuando atuando em diversas peças de teatro, programas como “Apertura” (Rede Tupi), “Apertem o Riso” (Rede Manchete), “Planeta dos Homens” e “Chico Anysio Show” (Rede Globo), Lírio Mário da Costa continuou levando alegria e risos para milhares de compatriotas.

Gravou vários discos de piadas, sendo os mais famosos os da série O Peru da Festa. Trata-se de uma série de cinco LPs, pela gravadora CID. Todos vinham com a tarja "Proibida a execução pública e a venda para menores de 21 anos", não só pelas piadas consideradas pesadas, mas pelas capas sugestivas. No primeiro volume, Costinha parecia estar nu, com uma mesa tapando suas partes íntimas e um peru assado sendo servido sobre ela. Seu último papel foi como "Seu Mazarito" na Escolinha do Professor Raimundo(1990/1995).

Em 4 de setembro de 1995, Costinha deu entrada no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, com falta de ar, falecendo no dia 15 do mesmo mês aos 72 anos, de enfisema pulmonar. Foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Foi casado com Irany Pereira da Costa, com quem teve quatro filhos naturais e adotou outros três.

Filmografia
  • 1995 - O Mandarim
    1992 - Raspadinhas do Rio
    1991 - Inspetor Faustão e o Mallandro
    1979 - Histórias Que Nossas Babás Não Contavam
    1978 - As Aventuras de Robinson Crusoé
    1978 - O Homem de Seis Milhões de Cruzeiros Contra As Panteras
    1977 - Costinha e o King Mong
    1976 - Costinha o Rei da Selva
    1973 - O Libertino
    1971 - Cômicos e Mais Cômicos
    1971 - Tô na Tua, Ô Bicho
    1971 - Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva
    1971 - Jesus Cristo, Eu Estou Aqui
    1970 - Salário Mínimo
    1970 - Amor em Quatro Tempos
    1969 - Golias Contra o Homem das Bolinhas
    1968 - Aventuras de Chico Valente
    1968 - Três Mulheres de Casanova
    1967 - Carnaval Barra Limpa
    1966 - 007 1/2 no Carnaval
    1966 - Nudista à Força
    1961 - O Dono da Bola
    1960 - Viúvo Alegre
    1959 - Entrei de gaiato
    1959 - Massagista de Madame
    1958 - É de Chuá!
    1958 - Minha Sogra é da Polícia
    1958 - Sherlock de Araque
    1958 - E o Bicho Não Deu
    1957 - Canjerê
    1957 - Com Jeito Vai
    1957 - De Pernas pro Ar
    1956 - Com Água na Boca
    1956 - Sai de Baixo
    1955 - Angu de Caroço
    1955 - O Diamante
    1955 - O Rei do Movimento
    1955 - Mãos Sangrentas
    1954 - Carnaval em Caxias
    1954 - Marujo por Acaso
    1952 - O Rei do Samba
    1950 - Agüenta Firme, Isidoro
    1949 - Anjo do Lodo
    1949 - Vendaval Maravilhoso

Discografia

  • Costinha também lançou sete LPs de piadas, pela gravadora CID.

    O peru da festa 1
    O peru da festa 2
    O peru da festa 3
    O peru da festa 4
    O peru da festa 5
    As Proibidas do Costinha 1
    As Proibidas do Costinha 2


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    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Costinha_(humorista)

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