Desfibriladores cardioversores implantáveis
Os desfibriladores cardioversores implantáveis são uma alternativa no tratamento de pacientes com risco elevado de morte súbita, como as arritmias cardíacas malignas.
Trata-se de um dispositivo implantável à semelhança de um marcapasso, com funções adicionais de cardioversor/desfibrilador e marcapasso antitaquicardia. Ou seja, ele reconhece o tipo de taquicardia e inicia o tratamento elétrico mais adequado.
Os desfibriladores atuais incluem múltiplas zonas de detecção de taquicardia baseadas na frequência, com terapias específicas (extra-estimulos, bursts, rampas) marcapasseamento de demanda com sensores, diagnósticos e armazenamento dos eventos em canais atriais e ventriculares (nos equipamentos de dupla câmara).
Muitas vezes, conseguem eliminar a taquicardia apenas com estimulação de marcapasso antitaquicardia, evitando-se o choque, o que traz mais conforto ao paciente, economiza energia e aumenta a longevidade dos aparelhos.
Enfim, embora o dispositivo não seja curativo, ele significa uma grande segurança ao paciente, aumentando a sobrevida dos seus portadores.
Indicações do desfibrilador implantável
Na região Centro-Oeste, as arritmias da Doença de Chagas são responsáveis por 75% dos implantes, seguindo-se pela Doença Coronariana, Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva de VE, Fibrilação Ventricular Idiopática, Síndrome do QT longo, Displasia Arritmogênica do Ventrículo Direito e Síncopes por Taquicardias Ventriculares Sustentadas refratárias a outro tipo de tratamento.
Vários estudos têm mostrado uma menor taxa de mortalidade dos pacientes com desfibriladores, do que apenas com medicação antiarrítmica.
O estudo recém-completado AVID comparou a sobrevida média dos pacientes com desfibriladores, com a terapia medicamentosa, mostrando grande benefício dos desfibriladores.
Vários estudos prospectivos randomizados estão em curso como o CIDS, MADIT e o CABG patch.
A cirurgia de implante dos desfibriladores está bastante simplificada, não existindo mais a necessidade de toracotomia.
Este é um programa de manejo de pacientes graves e o seu sucesso inclui o envolvimento de cardiologistas clínicos, eletrofisiologistas, anestesistas, psicólogos, além da equipe cirúrgica. Nós, em Brasília, já reunimos uma das maiores casuísticas nacionais com excelentes resultados.
Existe esse pequeno dispositivo implantável, semelhante a um marcapasso, tem a função adicional de cardioversor/ desfibrilador e marcapasso anti-taquicardia. Ele reconhece o tipo de taquicardia e inicia o tratamento elétrico mais adequado, evitando, inclusive, a morte súbita.
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