sábado, 14 de maio de 2011

ATOR LUIZ CARLOS TOURINHO

LUIZ CARLOS TOURINHO














Nasceu em Niterói, 16 de maio de 1964

Faleceu em Niterói, 21 de janeiro de 2008

Foi um ator brasileiro.

Formado pelo Teatro Tablado, Tourinho foi principalmente um ator de teatro. Iniciou sua carreira ainda na adolescência, num episódio da série Caso Verdade, em 1984. Sua primeira aparição de destaque na televisão foi na minissérie O Cometa, em 1989, na Rede Bandeirantes, que protagonizou ao lado de Carlos Augusto Strazzer.

Algum tempo depois, passa a participar com frequência de vários humorísticos da Rede Globo, como Escolinha do Professor Raimundo e Chico Total. No cinema, tem vários papéis de destaque em filmes de Xuxa Meneghel. Outro destaque foi For All: O trampolim da vitória (1997), no qual interpretou o faxineiro Sandoval.

Um dos maiores sucessos de sua carreira foi o personagem Edilberto, o desastrado assistente de Uálber Cañedo (Diogo Vilela), em Suave Veneno (1999), o qual popularizou o bordão "Abalou Bangu!". No ano seguinte, entrou para o elenco do programa Sai de Baixo, como o porteiro puxa-saco Ataíde, que ficou até o fim do programa, em 2002.

"Piu Piu", como era conhecido entre os amigos, destacava-se pela agilidade e expressão corporal, resultado de anos praticando ginástica olímpica. Tourinho também atuava como professor de teatro.

Morreu em 21 de janeiro de 2008, aos 43 anos, vitimado por um aneurisma cerebral, o qual ele já tratara desde 2005, quando foi internado com o mesmo problema. Foi sepultado no Cemitério Parque das Colinas, em Niterói. Estava atuando na novela Desejo Proibido; na trama era Nezinho, personagem que desapareceu, após sua morte.

Carreira

Televisão

1984 - A Principal Causa do Divórcio (Caso Verdade)
1989 - O Cometa .... Miguel
1993 - Você Decide (episódio: Sinuca de Bico)
1995 - Escolinha do Professor Raimundo .... Pedro Vaz Caminha
1996/1997 - Chico Total
1996 - Caça Talentos .... Fred
1998 - Era Uma Vez .... Banshee
1999 - Suave Veneno .... Edilberto

2000/2002 - Sai de Baixo .... Ataíde
2001 - Gente Inocente
2003 - Xuxa no Mundo da Imaginação
2003 - Kubanacan .... Jack Everest
2003/2004 - Sob Nova Direção .... Franco
2005 - Sítio do Picapau Amarelo .... Mefisto
2005/2007 - Sob Nova Direção .... Franco
2007/2008 - Desejo Proibido .... Nezinho


Cinema

1997 - For All - O Trampolim da Vitória .... Sandoval
2001 - Tainá - Uma Aventura na Amazônia .... Smith
2002 - Xuxa e os Duendes 2 .... Sant
2004 - Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida .... Curupira

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Luiz_Carlos_Tourinho

domingo, 8 de maio de 2011

Napoleão Bonaparte

Napoleão Bonaparte












Em francês: Napoléon Bonaparte,



---- nascido Napoleone di Buonaparte; Ajaccio, 15 de agosto de 1769



---- falecido Santa Helena, 5 de maio de 1821






Foi um líder político e militar durante os últimos estágios da Revolução Francesa. Adotando o nome de Napoleão I, foi imperador da França de 18 de maio de 1804 a 6 de abril de 1814, posição que voltou a ocupar por poucos meses em 1815 (20 de março a 22 de junho).






Sua reforma legal, o Código Napoleônico, teve uma grande influência na legislação de vários países. Através das guerras napoleônicas, ele foi responsável por estabelecer a hegemonia francesa sobre maior parte da Europa.

Napoleão nasceu em Córsega, filho de pais com ascendência da nobreza italiana e foi treinado como oficial de artilharia na França continental. Bonaparte ganhou destaque no âmbito da Primeira República Francesa e liderou com sucesso campanhas contra a Primeira Coligação e a Segunda Coligação.






Em 1799, liderou um golpe de Estado e instalou-se como Primeiro Cônsul. Cinco anos depois, o senado francês o proclamou imperador. Na primeira década do século 19, o império francês sob comando de Napoleão se envolveu em uma série de conflitos com todas as grandes potências europeias, as Guerras Napoleônicas. Após uma sequência de vitórias, a França garantiu uma posição dominante na Europa continental, e Napoleão manteve a esfera de influência da França, através da formação de amplas alianças e a nomeação de amigos e familiares para governar os outros países europeus como dependentes da França. As campanhas de Napoleão são até hoje estudadas nas academias militares de quase todo o mundo.

A Campanha da Rússia em 1812 marcou uma virada na sorte de Napoleão. Seu Grande Armée foi seriamente danificado na campanha e nunca se recuperou totalmente.






Em 1813, a Sexta Coligação derrotou suas forças em Leipzig. No ano seguinte, a Coligação invadiu a França, forçou Napoleão a abdicar e o exilou na ilha de Elba. Menos de um ano depois, ele fugiu de Elba e retornou ao poder, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, em junho de 1815.






Napoleão passou os últimos seis anos de sua vida confinado pelos britânicos na ilha de Santa Helena. Uma autópsia concluiu que ele morreu de câncer no estômago, embora haja suspeitas de envenenamento por arsênico.

Origens e educação



Carlo Maria Bonaparte, o pai de Napoleão, foi representante da Córsega na corte de Luís XVI de FrançaNapoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Ajaccio, Córsega, um ano após a ilha ser transferia para a França pela República de Gênova, e foi o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letícia Ramolino, uma família descendente da pequena nobreza da Itália, que chegou à Córsega vinda da Ligúria ainda no século XVI. Foi batizado Napoleone di Buonaparte, provavelmente adquirindo seu primeiro nome de um tio (apesar de um irmão mais velho, que não sobreviveu à infância, também ter se chamado Napoleone), e anos depois mudou seu nome para Napoléon Bonaparte.

Carlo Maria Bonaparte, pai de Napoleão, foi nomeado representante da Córsega na corte de Luís XVI de França em 1777.






A influência dominante na educação de Napoleão foi sua mãe, que criou com pulso firme o indisciplinado filho. Teve os irmãos José, Lucien, Elisa, Louis, Pauline, Carolina e Jerônimo. Havia também outras duas crianças, um menino e uma menina, que nasceram antes de José, mas morreram ainda na infância. Napoleão foi batizado pouco antes de seu segundo aniversário, em 21 de julho de 1771, na Catedral de Ajaccio.

Seu passado de relativa nobreza e suas conexões familiares permitiram que ele tivesse boas oportunidades de educação, acima da média da época para a região. Em janeiro de 1779, Napoleão estava matriculado em uma escola religiosa em Autun, para aprender francês, e em maio entrou em uma academia militar em Brienne-le-Château. Falava com um sotaque córsego e nunca aprendeu a soletrar corretamente. Foi provocado por outros estudantes por causa de seu sotaque e começou a se dedicar à prática da leitura. Ele era notavelmente dedicado em matemática, e também muito familiarizado a história e geografia.




Ao completar seus estudos em Brienne, em 1784, Napoleão entrou para a Escola Militar de Paris, e ainda que sempre tenha se interessado, a princípio, em uma formação naval, acabou estudando para se tornar oficial de artilharia, e quando a morte de seu pai reduziu sua renda, foi forçado a terminar o curso de dois anos em apenas um.

Início da carreiraAo se formar, em setembro de 1785, Bonaparte se tornou segundo tenente do regimento de artilharia de La Fère, e serviu em Valença e Auxonne, até a eclosão da Revolução Francesa em 1789. Napoleão passou os primeiros anos da Revolução em Córsega, atuando em uma complexa luta entre realistas, revolucionários e nacionalistas córsegos. Apoiou os jacobinos revolucionários, foi promovido a tenente-coronel e comandou um batalhão de voluntários. Então, em julho de 1792 conseguiu convencer as autoridades de Paris a promovê-lo a capitão. Voltou para a Córsega e entrou em conflito com o líder local Pasquale Paoli, que sabotou uma investida francesa na ilha italiana de La Maddalena, onde Bonaparte era um dos líderes da expedição, e por causa disso Bonaparte e sua família tiveram de fugir para a França continental em junho de 1793.

Cerco de ToulonEm julho de 1793, Napoleão publicou um panfleto pró-republicano, Le Souper de Beaucaire, o que fez com que ele ganhasse a admiração e o apoio de Augustin Robespierre, irmãos mais novo do líder revolucionário Maximilien Robespierre. Com a ajuda do companheiro corso Antoine Christophe Saliceti, Bonaparte foi nomeado comandante da artilharia das forças republicanas no cerco de Toulon. A cidade havia se sublevado contra o governo republicano e foi ocupada por tropas britânicas. Ele usou um plano para capturar um monte que permitiria que dominassem o porto da cidade e forçassem os navios ingleses a evacuar. A ofensiva, durante a qual Napoleão foi ferido na coxa, levou à captura da cidade e à promoção dele a general de brigada. Suas ações chamaram a atenção do Comitê de Salvação Pública, e ele foi encarregado da artilharia do exército francês na Itália. Enquanto esperava pela confirmação do cargo, Napoleão passou um tempo como inspetor de fortificações costeiras na costa do Mediterrâneo, perto de Marselha. Arquitetou planos para atacar Piemonte como parte da campanha contra a Primeira Coligação e então foi mandado em missão, por Augustin, à República de Gênova, para entender as intenções do país em relação à França.



Após a queda dos irmãos Robespierre no 9 Termidor, em julho de 1794, Bonaparte foi colocado sob prisão domiciliar em Nice por sua associação com eles. Foi libertado após duas semanas e devido a sua habilidade técnica foi convidado a elaborar planos para atacar as posições italianas na guerra da França com a Áustria. Ele também participou de uma expedição para retomar Córsega dos britânicos, mas os franceses foram expulsos pela marinha britânica.

Bonaparte ficou noivo de Désirée Clary, irmã de Júlia Clary, esposa de José, o irmão mais velho de Napoleão; os Clarys eram uma família de comerciantes ricos de Marselha.[22] Em abril de 1795, ele foi designado para o Exército do Oeste, que estava envolvido na Rebelião da Vendéia. Para ocupar o comando de artilharia, ele seria rebaixado do cargo de general de artilharia - cargo em que o contingente estava lotado - e declarou saúde precária para evitar o destacamento. Ele foi movido para o Departamento de Topografia do Comitê de Salvação Pública e tentou, sem sucesso, ser transferido para Constantinopla, a fim de oferecer seus serviços ao Sultão. Durante este período, ele escreveu uma novela romântica, Clisson et Eugénie , sobre um soldado e sua amante, em um claro paralelo à própria relação de Bonaparte com Désirée. Em 15 de setembro, Bonaparte foi removido da lista de generais em serviço regular por sua recusa em servir na campanha de Vendée. Ele enfrentou então uma difícil situação financeira e a redução nas perspectivas de carreira.

Em 3 de outubro, realistas em Paris, declararam uma rebelião contra a Convenção Nacional depois que eles foram excluídos de um novo governo, o Diretório. Um dos líderes da Reação Termidoriana, Paul Barras, soube das façanhas militares de Bonaparte em Toulon e lhe deu o comando das forças improvisadas em defesa da Convenção no Palácio das Tulherias. Bonaparte havia testemunhado o massacre da Guarda Suiça naquele mesmo lugar, anos antes, e percebeu que a artilharia seria a chave para a defesa. Ele ordenou que um jovem oficial de cavalaria, Joachim Murat, aproveitasse os grandes canhões e os usou para repelir os agressores em 5 de outubro de 1795 (13 Vendémiaire An IV no calendário republicano francês). Mil e quatrocentos realistas morreram, e o resto fugiu.

A derrota da insurreição realista extinguiu a ameaça à Convenção e deu a Bonaparte fama repentina, riqueza, e o apoio do novo Diretório. Murat se tornaria seu cunhado e um de seus generais, e Napoleão logo foi promovido a comandante do exército do interior e recebeu o comando do exército francês na Itália (o chamado Armée d'Italie). Em março de 1796, após romper com Désirée Clary, Bonaparte se casou com Joséphine de Beauharnais, ex-amante de Barras.

Primeira campanha na Itália



Dois dias depois do casamento, Bonaparte deixou Paris para assumir o comando do Exército da Itália e o liderou em uma invasão bem-sucedida da Itália. Na Batalha de Lodi derrotou as forças austríacas e os expulsou de Lombardia. Foi derrotado em Caldiero por forças de reforço austríacas, lideradas por Joseph Alvinczy, e recuperou a iniciativa na crucial Batalha da Ponte de Arcole e pôde subjugar os Estados Pontifícios.[29] Bonaparte se posicionou contra a vontade dos ateus do Diretório de marchar para Roma e destronar o papa, argumentando que isso iria criar um vazio de poder, que seria explorado pelo Reino de Nápoles. Em vez disso, em março de 1797, Bonaparte levou seu exército para a Áustria, forçando o país a negociar a paz. O Tratado de Leoben deu à França o controle da maior parte do norte da Itália e os Países Baixos, e uma cláusula secreta prometeu a República de Veneza para a Áustria. Bonaparte marchou para Veneza e forçou a sua rendição, pondo fim em 1100 anos de independência; ele também autorizou os franceses a saquearem tesouros como o Cavalos de São Marcos.


Bonaparte na Ponte de Arcole, Antoine-Jean Gros, (ca. 1801), Museu do Louvre, ParisSua aplicação de ideias convencionais militares para situações do mundo real possibilitaram seus triunfos militares, assim como o uso criativo da artilharia como uma força móvel para apoiar a sua infantaria. Ele se refere à sua tática assim: "Eu lutei sessenta batalhas e não aprendi nada que não sabia no começo. Olhe para César; ele lutou a primeira como a última." Nesta campanha italiana, o exército de Napoleão capturou 150.000 prisioneiros, 540 canhões e 170 bandeiras. O exército francês lutou em 67 ações e venceu 18 batalhas através da tecnologia superior de artilharia e táticas de Bonaparte.




Durante a campanha, Bonaparte tornou-se cada vez mais influente na política francesa; ele fundou dois jornais, ambos para as tropas do seu exército e também para circulação na França. Os realistas atacaram Bonaparte por saques na Itália e alertou que ele poderia se tornar um ditador.[36] Bonaparte enviou o General Pierre Augereau para Paris para liderar um golpe de Estado em 4 de setembro, o chamado Coup of 18 Fructidor. Isto levou Barras e seus aliados republicanos novamente ao poder, mas dependentes de Bonaparte, que dava continuidade às negociações de paz com a Áustria. Estas negociações resultaram no Tratado de Campoformio, e Napoleão retornou a Paria em dezembro como um herói. Ele se encontrou com Talleyrand, novo ministro do Exterior francês (que mais tarde serviria no mesmo cargo ao Imperador Napoleão) e começaram a preparam uma invasão da Inglaterra.

Campanha do Egito

Bonaparte Diante da Esfinge, (ca. 1868) por Jean-Léon Gérôme, Hearst CastleApós dois meses de planejamento, Bonaparte decidiu que o poder naval da França não era ainda suficientemente forte para enfrentar a Marinha Real no Canal da Mancha e propôs uma expedição militar para tomar o Egito e, assim, prejudicar o acesso da Inglaterra a seus interesses comerciais na Índia. Bonaparte desejava estabelecer presença francesa no Oriente Médio, com a intenção de se ligar ao Sultão Tipu, inimigo da Inglaterra na Índia. Napoleão garantiu ao Diretório que "logo que conquistasse o Egito, iria estabelecer relações com os príncipes indianos e, juntamente com eles, atacar os ingleses em suas posses." Um relatório de Talleyrand de fevereiro de 1798 dizia: "Tendo ocupado e fortificado o Egito, vamos enviar uma força de 15.000 homens de Suez para a Índia, para se juntar às forças de Tipu Sahib e afastar os ingleses." O Diretório concordou, a fim de garantir uma rota de comércio segura para a Índia.

Era napoleônicaA sociedade francesa estava passando por um momento tenso com os processos revolucionários ocorridos no país, de um lado com a burguesia insatisfeita com os jacobinos, formados por revolucionários radicais, e do outro lado as tradicionais monarquias européias, que temiam que os ideais revolucionários franceses se difundissem por seus reinos.

O fim do processo revolucionário na França, com o Golpe 18 Brumário, marcou o início de um novo período na história francesa e, consequentemente, da Europa: a Era Napoleônica.

Pode-se dividir seu governo em três partes:

Consulado (1799-1804)



Império (1804-1815)




Governo dos Cem Dias (1815)




O governo do Diretório foi derrubado na França sob o comando de Napoleão Bonaparte, que, junto com os girondinos (alta burguesia), instituiu o consulado, primeira fase do governo de Napoleão. Este golpe ficou conhecido como Golpe 18 de Brumário (data que corresponde ao calendário estabelecido pela Revolução Francesa e equivale a 9 de novembro do calendário gregoriano) em 1799. Muitos historiadores alegam que Napoleão fez questão de evitar que camadas inferiores da população subissem ao poder.




Considerado herói por muitos e vilão por outros (crê-se que é o primeiro anti-cristo dos três previstos por Nostradamus), Napoleão é certamente uma das mais importantes figuras históricas da humanidade, tendo mais de 600 mil livros escritos sobre ele ou que ao menos o citam de maneira relevante, sendo a segunda figura humana mais estudada, depois de Jesus.

Um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos e um extraordinário estadista nascido em Ajácio, na Córsega, ilha do Mediterrâneo sob administração da França, desde o ano do seu nascimento, que deixou marcas duradouras nas instituições da França e de grande parte da Europa ocidental.

Filho de família pobre, mas dono de um título de nobreza da República de Gênova, estudou na academia militar de Brienne e na de Paris, saindo como oficial de artilharia (1785). Aderiu à Revolução francesa (1789), uniu-se aos jacobinos, serviu como tenente da recém-criada guarda nacional e transformou-se num dos principais estrategistas do novo sistema de guerra de massa. Fez uma carreira meteórica e se destacou pela originalidade nas campanhas militares. Capitão de artilharia na retomada de Toulon aos ingleses e foi promovido general-de-brigada (1793), o mais jovem general do Exército francês.

Após a queda de Robespierre, foi detido sob acusação de ser jacobino, mas depois foi encarregado de dirigir a repressão ao levante monarquista de Paris (1795). Casou-se com Josefina (1796), viúva do general guilhotinado (1794) Beauharnais, e tornou-se o comandante-em-chefe do Exército nas campanhas da Itália, contra os austríacos (1795-1797), e do Egito, contra os ingleses (1796-1799). Quando da ocupação do Egito (1798) a expedição científica que o acompanhou incluía o astrônomo Laplace, o químico Bertholet, o físico Monge e o arqueólogo Denon. Em pesquisas arqueológicas foi descoberta a pedra de Rosetta, fragmento de estela, espécie de monolito de basalto negro, que apresenta um decreto de Ptolomeu V, em caracteres hieroglíficos, demóticos e gregos (196 a. C.), que Champollion usaria para decifrar os hieróglifos egípcios (1822) e está exposta no British Museum, em Londres.

Liderou um golpe de Estado (1799), instalou o Consulado e fez-se eleger cônsul-geral, apoiado em um plebiscito popular. Promulgou uma Constituição de aparência democrática. Organizou o governo, a administração, a polícia, a magistratura e as finanças. Tomou medidas despóticas e antiliberais, como o restabelecimento da escravidão nas colônias, e outras de grande importância econômica, como a criação do Banco da França (1800). Concluiu com o papa Pio VII a concordata (1801), que restabelecia a igreja na França, embora submetida ao estado.

Criou a Legião de Honra e o novo código civil, depois chamado Code Napoléon, elaborado por uma comissão de juristas com participação ativa do primeiro-cônsul. Essa medida de grande alcance tornou-se o maior feito jurídico dos tempos modernos, consubstanciou os princípios defendidos pela revolução francesa e influenciou profundamente a legislação de todos os países no século XIX.

O restabelecimento da ordem e da paz, bem como atentados frustrados de monarquistas, fizeram crescer a sua popularidade, que habilmente a utilizou para se fazer proclamar cônsul vitalício por plebiscito (1802). Coroou-se rei da Itália (1805) divorciou-se da imperatriz Josefina (1809) e casou-se com Maria Luísa, filha do imperador austríaco. Em guerra permanente contra as potências vizinhas enfrentou a coalizão de todas as potências européias e foi derrotado em Leipzig (1813).

Depois de uma desastrada campanha na Rússia, foi derrotado pelos exércitos aliados adversários dos franceses e obrigado a abdicar (1814). Exilou-se na ilha de Elba, na costa oeste da Itália.

No ano seguinte organizou um exército e tentou restaurar a monarquia, mas foi derrotado na Batalha de Waterloo, na Bélgica (1815). esse período ficou conhecido como o Governo dos Cem Dias. Preso pelos ingleses, foi deportado para a ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico, onde morreu em 5 de maio

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Napole%C3%A3o_Bonaparte

domingo, 1 de maio de 2011

PAPA João Paulo II

João Paulo II é beatificado diante



de multidão de fiéis



em cerimônia no Vaticano










Mais de um milhão de fiéis e peregrinos acompanharam, na manhã deste domingo, a cerimônia de beatificação do Papa João Paulo II, na Basílica de São Pedro, na Praça São Pedro, no Vaticano, segundo informações da polícia de Roma, na Itália. As cancelas que dão acesso à praça foram abertas pela polícia italiana cerca de quatro horas antes do previsto, devido ao grande número de fiéis, que superou a previsão do Vaticano.


A cerimônia teve início às 10 horas na Itália (5h de Brasília), com a presença do Papa Bento XVI e outros 800 sacerdotes. Com um cálice e mitra que foram usados nos últimos anos de pontificado de João Paulo II e com uma vestimenta que também pertenceu a seu antecessor, Bento XVI abriu a cerimônia com uma saudação em latim, que foi traduzida simultaneamente em espanhol, francês, português, inglês, alemão e polonês pela Rádio Vaticano.

O clima era de muita comoção entre os presentes. Durante a cerimônia, um cardeal leu um texto sobre a vida do pontífice, morto em 2005, após 27 anos de papado. Após a leitura, ocorreu o principal momento da cerimônia, em que um grande retrato de João Paulo II foi exposto na fachada da Basílica, sob os aplausos da multidão, a partir de então denominado beato.

- Concedemos que o venerado servo de Deus João Paulo II, Papa, seja de agora em diante chamado beato - proclamou Bento XVI, que recebeu a relíquia que contém o sangue de Karol Wojtyla e a beijou.

A relíquia foi entregue ao papa pela religiosa francesa Marie Simon Pierre Normand, que havia sido curada por intercessão de João Paulo II do mal de Parkinson, a mesma doença que afligia o pontífice polonês por 12 anos de sua vida. No sábado, a religiosa deu seu depoimento sobre a cura durante a vigília realizada no Vaticano:

- Fui curada na noite do dia 2 para 3 de junho de 2005, disse a religiosa que explicou que irmãs de sua congregação rezaram pelo Papa já morto, para a recuperação de sua doença - disse.

O milagre foi decisivo para a conclusão do processo de beatificação. Bento XVI explicou ainda que o motivo pelo qual decidiu acelerar o processo de beatificação - último estágio antes da santidade, para a qual é preciso comprovar mais um milagre - de seu predecessor foi a grande veneração popular por João Paulo II.

- Passaram-se seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta praça para celebrar o funeral do papa João Paulo II. Já naquele dia sentíamos pairar o perfume de sua santidade, tendo o povo de Deus manifestado de muitas maneiras a sua veneração por ele - disse.

Antes da cerimônia, mais de 200 mil pessoas de todo o mundo fizeram uma vigília em Roma à espera da beatificação. Grupos de peregrinos, muitos vindos da Polônia, terra natal do Papa, lotaram a Praça de São Pedro levando bandeiras nacionais e cantando. A praça onde aconteceu a cerimônia foi enfeitada com retratos de João Paulo II e 27 bandeiras com fotos que mostram um evento em cada ano do seu pontificado.

O caixão do Papa João Paulo II foi retirado na sexta-feira da cripta abaixo da Basílica de São Pedro e foi colocado em frente ao altar principal. Depois da missa de beatificação, o caixão continuará na Basílica, que ficará aberta até ser visto por todos os interessados.

O cardeal espanhol García Gasco, antigo arcebispo de Valência, morreu pouco antes da beatificação, de enfarte.

FONTE: http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/05/01/joao-paulo-ii-beatificado-diante-de-multidao-de-fieis-em-cerimonia-no-vaticano-924357991.asp




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VIDA E MORTE DE KAROL JÓZEF WOJTYLA



Beato Papa João Paulo II - Karol Józef Wojtyła


Em latim: Ioannes Paulus PP. II, em italiano: Giovanni Paolo II, em polonês: Jan Paweł II


Nascido em 18 de maio de 1920.


Morte em 2 de abril de 2005


Foi o Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 16 de outubro de 1978 até a sua morte. Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; apenas os papas São Pedro reinou trinta e quatro anos, e Papa Pio IX reinou por trinta e um anos. Foi o único Papa eslavo e polonês até a sua morte, e o primeiro Papa não-italiano desde o holandês Papa Adriano VI em 1522.

João Paulo II foi aclamado como um dos líderes mais influentes do século XX. É amplamente difundido que Sua Santidade tenha sido fundamental para o fim do comunismo na Polônia e talvez em toda a Europa, bem como significante na melhora das relações da Igreja Católica com o Judaísmo, Islã, Igreja Ortodoxa, e a Comunhão Anglicana. Apesar de ter sido criticado por sua oposição à contracepção e a ordenação de mulheres, bem como o apoio ao Concílio Vaticano II e sua reforma das missas, também foi elogiado.


Foi um dos líderes que mais viajou na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia falar os seguintes idiomas: italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polonês, sua língua nativa. Como parte de sua ênfase especial na vocação universal à santidade, beatificou 1 340 pessoas e canonizou 483 santos, quantidade maior que todos os seus predecessores juntos pelos cinco séculos passados. Em 2 de abril de 2005, faleceu devido a sua saúde débil e o agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009, João Paulo II foi proclamado "Venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado Beato em 1º de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano.


História pessoal

Karol Józef Wojtyła

Pronunciação polaca ajuda · ficheiro · ouvir -nasceu em Wadowice,[29] uma pequena localidade ao sul da Polónia, a 50 quilómetros de Cracóvia;[29] filho de um tenente do exército dos Habsburgos, de quem herdou o nome, também chamado Karol Wojtyła. O seu irmão José, ao formar-se em engenharia civil, transformou-se na esperança de sustento da família, uma vez que o soldo do tenente Wojtyła era insuficiente para tal.

Em 1931, morreria o irmão, de escarlatina. Karol perderia o pai poucos dias antes de completar 22 anos. Nesta altura a Polónia enfrentava, juntamente com grande parte da Europa, as consequências da invasão alemã e depois soviética da Segunda Guerra Mundial. Assistiu, portanto, ao assassinato de vários dos seus amigos e colegas.

Manifestando interesse pelo teatro — cuja participação potenciava apoios à resistência polaca contra o nazismo —, pela música popular e pela literatura, a sua juventude foi marcada por intensos contactos com a então ameaçada comunidade judaica de Cracóvia, e pela experiência da ocupação alemã, durante a qual trabalhou numa fábrica de produtos químicos para evitar a sua deportação à Alemanha Nazista. Atleta (chegou a actuar como jogador de futebol numa equipa amadora de Wadowice) e, muito religioso, (foi fundador de uma Congregação Mariana no seu colégio), Karol Wojtyła foi ordenado sacerdote católico em 1 de Novembro de 1946 pelo então cardeal-arcebispo de Cracóvia, Adam Stefan Sapieha.

Foi docente de Ética na Universidade Jaguelónica e posteriormente na Universidade Católica de Lublin. Em 28 de Setembro de 1958 foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e quatro anos depois chega ao cargo máximo na sua diocese. Em 30 de Dezembro de 1963 é apontado por Paulo VI como arcebispo de Cracóvia. Na qualidade de bispo e arcebispo, Wojtyła participa no Concílio Vaticano II, contribuindo para a redacção de documentos que se tornariam na Declaração sobre a Liberdade Religiosa (Dignitatis Humanae) e a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno (Gaudium et Spes), dois dos mais historicamente importantes e influentes resultados do concílio. Foi elevado a cardeal pelo Papa Paulo VI em 28 de Junho de 1967.

Hábitos religiosos

Segundo o livro Why a Saint?

Publicado em janeiro de 2010 por Slawomir Oder, monsenhor que cuida do processo de beatificação de João Paulo II, o Papa realizava a prática conhecida no Cristianismo como mortificação, ou seja, auto-flagelação, para atingir um grau mais próximo de Deus. Oder diz que no armário do pontífice existia uma cinta utilizada para executar o ato e que também Karol Wojtyla dormia algumas vezes no chão para praticar ascetismo.[30]

Eleição
Ver artigo principal: Conclave de Outubro de 1978
Aquando da morte do Papa Paulo VI, em 6 de Agosto de 1978, esteve presente no conclave de 26 de Agosto de 1978, que escolheria Albino Luciani para um dos pontificados mais curtos da História. Trinta e três dias depois de votar no conclave, no dia 28 de Setembro de 1978, o então cardeal de Cracóvia, Karol Wojtyła, ficou a saber da triste – e até hoje suspeita – morte de João Paulo I pelo seu motorista particular. De volta a Roma, ele foi escolhido Papa em 16 de Outubro de 1978.

O conclave que se sucedeu ao inesperado falecimento do Papa João Paulo I, foi dominado por duas correntes que tiveram como candidatos o conservador arcebispo de Génova Giuseppe Siri, e o mais liberal arcebispo de Florença Giovanni Benelli. Crê-se que a eleição de Karol Wojtyła tenha sido uma solução de compromisso e que constituiu uma surpresa.

Adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e rapidamente colocou-se do lado da paz e da concórdia internacional, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.[parcial.


Foi o Papa mais novo desde o Papa Pio IX porque foi eleito na época com 58 anos. No entanto, tornou-se o Papa cuja acção foi mais decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os antecessores juntos, reunindo sempre multidões; para muitos tinha o carisma do Papa João XXIII; participou em eventos ecuménicos (foi o primeiro a pregar numa igreja luterana e numa mesquita, o primeiro a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém); procedeu a numerosas beatificações e canonizações; escreveu 14 encíclicas.

[editar] Brasão e lemaDescrição: Escudo eclesiástico. Campo de azul, com uma cruz latina de jalde adestrada acompanhada de uma letra "M" do mesmo, no cantão senestro da ponta. O escudo está assente em tarja branca. O conjunto pousado sobre duas chaves "decussadas", a primeira de jalde e a segunda de argente, atadas por um cordão de goles, com os seus pingentes. Timbre: a tiara papal de argente com três coroas de jalde. Sob o escudo, um listel de blau com o mote: "TOTVS TVVS", em letras de jalde. Quando são postos suportes, estes são dois anjos de carnação, sustentando cada um, na mão livre, uma cruz trevolada tripla, de jalde.

Brasão pontifício de João Paulo II.Interpretação: O escudo obedece às regras heráldicas para os eclesiásticos. O campo de blau representa o firmamento celeste e ainda o manto de Nossa Senhora, sendo que este esmalte significa: justiça, serenidade, fortaleza, boa fama e nobreza. A cruz é o instrumento da salvação de todos os homens e representa Jesus Cristo e, sendo de jalde (ouro), simboliza: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio. A letra "M" representa a Virgem Maria, que segundo a doutrina católica seria a principal intercessora do gênero humano, e esteve todo o tempo junto à cruz de seu Filho ("Iuxta crucem lacrimosa" Cf. Jo 19,25), sendo de jalde (ouro), tem o significado já descrito deste metal. Os elementos externos do brasão expressam a jurisdição suprema do papa. As duas chaves "decussadas", uma de jalde (ouro) e a outra de argente (prata) são símbolos de suposto poder espiritual e poder temporal. E são uma referência do poder máximo do Sucessor de Pedro, relatado no Evangelho de São Mateus, que narra que Jesus Cristo disse a Pedro: "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado no céu, e tudo o que desligares na terra, será desligado no céu" (Mt 16, 19). Por conseguinte, as chaves são o símbolo típico do poder supostamente dado por Cristo a São Pedro e aos seus sucessores. A tiara papal usada como timbre, representa, por sua simbologia, os três poderes papais: de Ordem, Jurisdição e Magistério, e sua unidade na mesma pessoa. No listel o lema "TOTVS TVVS", é uma expressão da imensa confiança do papa na Virgem Maria: "Sou todo teu, Maria", sendo que ele colocou toda a sua vida sacerdotal sob a proteção da Virgem.


Pontificado
Mapa que representa os países que o Papa João Paulo II visitou ao longo do seu pontificado. É o Papa que visitou o maior número de países.Com mais de 26 anos, é o terceiro pontificado mais longo da História da Igreja Católica. Alguns números que se destacam são o de viagens pastorais fora da Itália (mais de 100, visitando 129 países e mais de 1000 localidades), cerimónias de beatificação (147) e canonizações (51), nas quais foram proclamados 1338 beatos e 482 santos. É considerado pelo seu carisma e habilidade para lidar com os meios de comunicação social, o Papa mais popular da História.

A primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polónia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Muitos polacos consideram que o marco inicial da derrocada comunista foi o discurso de João Paulo II em 2 de Junho de 1979, quando falou a meio milhão de compatriotas em Varsóvia e destacou o trabalho do Solidariedade. "Sem o discurso de Wojtyla, o cenário teria sido diferente. O Solidariedade e o povo não teriam se sentido fortes e unidos para levar a luta adiante", acredita o escritor e jornalista Mieczylaw Czuma. "Foi o papa que nos disse para não ter medo." Dez anos depois, as eleições de 4 de Junho de 1989 foram uma "revolução sem sangue" e encorajaram outros países do bloco comunista a se liberar de Moscovo. A data tornou-se simbólica da fim do socialismo real. O movimento sindical Solidariedade, liderado por Lech Walesa, obteve a vitória nas primeiras eleições parcialmente livres de todo o bloco comunista.

João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação.

"Não é possível compreender o homem a partir de uma visão económica unilateral, e nem mesmo poderá ser definido de acordo com a divisão de classes.", disse aos bispos brasileiros em 26 de Novembro de 2002.[33] Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, condenou o embargo económico dos E.U.A. ao país. Em 2003, por intermédio do cardeal Angelo Sodano, enviou uma carta ao presidente Fidel Castro criticando "as duras penas impostas a numerosos cidadãos cubanos e, também as condenações à pena capital".


João Paulo II em visita ao Parlamento Polaco a 11 de junho de 1999.Condenou também o terrorismo e o ataque ao World Trade Center ocorrido em 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos da América.

Em relação ao Concílio Vaticano II, no qual João Paulo II participou, ele tentou activamente continuar as reformas e as ideias saídas deste Concílio, nomeadamente sobre o ecumenismo e sobre a abertura da Igreja ao mundo moderno. O Cónego João Seabra afirmou que João Paulo II "é um homem do Concílio, na sua doutrina, na sua concepção do mundo, na sua pastoral. O seu modelo de Igreja é da Lumen Gentium, a sua liturgia é da Sacrosanctum Concilium, a sua pastoral social é da Gaudium et Spes, João Paulo II é o Concílio em Marcha. Nesse sentido o concílio, na maneira como foi lido e aplicado pelo grande Papa João Paulo II, teve uma grande importância na queda do comunismo".

Diálogo inter-religioso

Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo,[carece de fontes?] João Paulo II enfrentou no entanto acusações de "proselitismo agressivo" feitas pelo mundo ortodoxo. A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa em Março de 2000 e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.

Motivou o diálogo interreligioso, o ecumenismo e a cultura da paz, sendo o primeiro Sumo Pontífice a visitar o Muro das Lamentações, em Jerusalém, a 26 de Março de 2000, e onde pediu perdão pelos erros e crimes cometidos pelos filhos da Igreja no passado. Foi o primeiro a pregar numa sinagoga, a entrar numa mesquita (em Damasco, Síria), e a promover jornadas ecuménicas de reflexão pela paz em Assis (Oração Mundial pela Paz). Fez a primeira visita de um Sumo Pontífice católico à Grécia desde a separação das Igrejas Católica e Ortodoxa no cisma de 1054.


A "Mãe de Deus de Kazan".João Paulo II, determinou a devolução à Igreja Ortodoxa Russa do Ícone de "Nossa Senhora de Kazan", a "Theotokos" e sempre Virgem Maria. No dia 28 de Agosto de 2004, a "Solenidade da gloriosíssima Dormição da Theotokos", delegação representativa da Igreja Católica, chefiada pelo Cardeal Walter Kasper, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou o Ícone, depois de um solene ofício na Catedral da Dormição no Kremlim, em Moscovo, em que participaram numerosos fiéis.

Diálogo com os jovens

Foi grande incentivador do Movimento Escoteiro, visitando eventos mundiais e europeus da maior organização juvenil do mundo.[carece de fontes?]

Diálogo com os mortos

Perante cerca de 20 mil pessoas na Basílica de São Pedro, em 2 de Novembro de 1983, disse (no contexto orativo católico) :

"O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".

Diplomacia

A mediação pontifícia de João Paulo II permitiu que o Chile e a Argentina chegassem a um acordo no conflito sobre os seus limites territoriais na região austral (Canal de Beagle) que ameaçava levar os dois países à guerra. Em 22 de dezembro de 1978 o Papa enviou o cardeal italiano Antonio Samoré ao governo dos dois países como emissário pessoal o que levou a assinatura dos Acordos de Montevidéu, no Palácio Taranco, a 18 de janeiro de 1979 - através do qual os dois Estados recorreram formalmente à mediação do papa - e à conclusão do dissentimento sobre a Região Austral, com a assinatura do Tratado de Paz e Amizade assinado diante do papa, na Capela Paulina (Vaticano), no dia 29 de novembro de 1984.

Visitas papais

Ao todo foram 104 as visitas realizadas por João Paulo II pelo mundo quebrando o antigo costume dos papas não saírem do Vaticano ou de fazê-lo pouquíssimas vezes em circunstâncias especiais ou em ocasiões extraordinárias.

Viagens apostólicas de João Paulo II
Visitas ao Brasil
Na Nunciatura Apostólica, em 1991, por ocasião da segunda visita ao Brasil.O Papa João Paulo II visitou o Brasil quatro vezes. A primeira vez foi em 1979, em que visitou a cidade do Rio de Janeiro. Na segunda vez chegou ao meio-dia de 30 de junho de 1980 e percorreu treze cidades em apenas doze dias. A maratona teve um total de 30.000 km. Entrou por Brasília e partiu por Manaus.

A terceira foi entre 12 e 21 de outubro de 1991. O Papa não costumava beijar o solo de um país que ele já tinha visitado, mas no Brasil ele quebrou a tradição. Visitou sete cidades e fez 31 discursos e homilias.

Esteve também no Brasil entre 2 e 6 de outubro de 1997. O Papa sempre demonstrou grande amor pelo Brasil, o país com mais católicos no Mundo. Inclusive, na sua primeira visita, chegou a demonstrar o seu apoio ao movimento sindical, então liderado por Lula, em aberto desafio ao governo militar brasileiro – uma situação parecida com a da sua Polónia natal.


João Paulo II com o cantor Roberto Carlos a 5 de outubro de 1997, na sua quarta visita ao Brasil.Destacou-se, numa dessas visitas ao país, a música "A bênção, João de Deus", composta para a ocasião por Péricles de Barros.

Em visita à cidade do Rio de Janeiro declarou: "Se Deus é brasileiro, o Papa é carioca".[42]

Visitas a Portugal

João Paulo II visitou Portugal 4 vezes: em 1982, 1991 e 2000 foram visitas apostólicas e em 1983 fez escala em Lisboa onde discursou.

A primeira visita, de 12 a 15 de maio de 1982, ocorreu um ano após o atentado de que foi vítima em 13 de maio de 1981. Nessa visita o Papa João Paulo II depositou a bala do atentado sofrido no ano anterior em plena Praça de São Pedro no altar de Nossa Senhora de Fátima. Ainda hoje a mesma bala se encontra na coroa de Nossa Senhora de Fátima no Santuário de Fátima. Em 14 de Maio visitou o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Portugal, em Vila Viçosa. Na manhã de 15 de maio visitou o Santuário de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, e à tarde viajou de helicóptero até o Porto, onde presidiu uma missa celebrada junto à câmara municipal, na avenida dos Aliados.

Em 2 de março de 1983 fez uma escala em Lisboa na viagem à América Central.

De 5 a 13 de maio de 1991 esteve nos Açores, na Madeira, Lisboa, e novamente em Fátima.

A sua última visita, em que beatificou os videntes de Fátima Jacinta e Francisco, teve lugar em 12 e 13 de maio de 2000, em Fátima.

Documentos

PontifíciosVer artigo principal: Documentos pontifícios de João Paulo II
Ao todo são 14, as encíclicas escritas por João Paulo II ao longo do seu pontificado e diversos os pronunciamentos sobre todos os campos da atividade humana onde houvesse necessidade de se dar um critério ético ou moral de ação.


Funeral de João Paulo II na Basílica de São Pedro.
Funeral de João Paulo II. Presidido pelo futuro Bento XVI, em Roma.
Túmulo que conteve os restos mortais de João Paulo II, até o dia 29 de abril de 2011.[editar] Tentativa de assassinatoTrês anos depois de ter sido eleito Papa, é vítima de grave atentado na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, por parte do turco Ali Agca, o atentado contra o papa terá sido decidido pelo ditador comunista Leonid Brejnev e organizado por serviços militares soviéticos, os serviços búlgaros teriam servido de "cobertura", enquanto que a Stasi, da RDA, teria sido encarregada da "desinformação".

Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassínio de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.[43]

Internado de urgência na Policlínica Agostini Gemelli, o papa foi submetido a delicada cirugia de cinco horas e vinte minutos, com extirpação de 55 centímetros de intestino. A 20 de Junho, 17 dias depois de ter alta, é internado de novo na mesma clínica de Roma para ser tratado de uma infecção de cytomegalovirus, resultante da operação anterior.

Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos. O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia. Um ano depois, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem o ter salvo. O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje.[44]

Saúde débil

A saúde de João Paulo II foi motivo de preocupação para os muitos milhões de católicos em todo o Mundo. O historial clínico daquele que foi apelidado de "Atleta de Deus", devido á sua extraordinária compleição física, tem ínicio nos anos 1940, quando é atropelado em Cracóvia por um camião militar alemão, sofrendo um fractura de crânio. A 12 de Julho de 1982, sofre nova intervenção de quatro horas na Policlínica Gemelli, para remoção de um tumor benigno do cólon (com as dimensões de uma laranja) e da vesícula biliar.

A 11 de Novembro de 1993, sofre uma queda durante uma audiência no Vaticano, com fractura de uma omoplata, vindo a ser operado na mesma Policlínica. Em 1994, sofre nova queda, quando saía do banho no seu aposento privado, com fratura no fémur direito. É-lhe implantada uma prótese de titânio em substituição da cabeça do fémur. Ainda nos anos 1990, começa a manifestar sintomas de Parkinson, que se acentuam cada vez mais: tremor da mão esquerda, coluna curvada, olhar ausente. A 8 de Outubro de 1996, ingressa uma vez mais na Gemelli, para remoção do apêndice. Em Março de 2002, é diagnosticada uma artrose no joelho direito, o que o obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas especial, que utiliza para presidir às celebrações e outros actos. Em Setembro de 2003, durante a visita à Eslováquia, já são visíveis as dificuldades de João Paulo II para respirar e mover-se. Em Setembro do mesmo ano, tem que anular uma audiência geral devido a oclusão intestinal. A 10 de Fevereiro de 2005, na sequência de um processo gripal, padece de laringo-traqueíte aguda, pelo que volta à Gemelli. A 24 de Fevereiro de 2005, é submetido a uma traqueostomia, com o fim de facilitar a respiração.

Os últimos dias de João Paulo II

Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de Março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'. Às 21h37, hora de Roma, do dia 2 de Abril de 2005, o Mundo parou perante a notícia da morte do Santo Padre mais viajado de sempre. As exéquias fúnebres decorreram na Praça de São Pedro, pela manhã do dia 7 de Abril de 2005. A cerimónia fúnebre durou três horas, sob alta segurança, presidida pelo então, decano dos cardeais, o Cardeal Joseph Ratzinger. Assistiram 2500 convidados, entre Chefes de Estado, primeiros-ministros, e outras personalidades. O corpo de João Paulo II está sepultado nas Catacumbas Vaticanas.

Beatificação

No dia 13 de Maio de 2005, o seu sucessor Bento XVI fez uma exceção à regra do Código de Direito Canônico em relação à beatificação de João Paulo II, tal como este havia feito em relação à Madre Teresa de Calcutá. Abrindo mão dos cinco anos que são dados para o início do processo (que se dá a partir da morte daquele que vem a falecer em fama de santidade).

O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho do mesmo ano. No dia 19 de dezembro de 2009, o Papa Bento XVI proclamou-o "Venerável", ao promulgar o decreto que reconhece as virtudes heróicas do Servo de Deus João Paulo II, um importante passo dentro do processo de beatificação que fica aguardando a existência de um milagre realizado pela intercessão do papa polonês [45].

No dia 14 de janeiro de 2011 o Papa Bento XVI aprovou o decreto sobre um milagre atribuido ao Papa Wojtyla, permitindo a sua beatificação[46][47] que aconteceu em Roma no dia 1 de maio de 2011[48]. Desde de junho de 2005 até abril de 2007 foram realizados o inquérito diocesano principal romano e em diversas dioceses, sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade e de milagres. Em vista da beatificação, a postulação da causa apresentou ao exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do mal de Parkinson da Irmã Marie Simon Pierre Normand, religiosa do Insitut des Petites Soers des Maternités Catholiques. Os peritos se manifestaram a favor da inexplicabilidade científica da cura e a Congregação para as Causas dos Santos emitiu uma sentença considerando milagrosa a cura da religiosa francesa, a seguir à intercessão de João Paulo II. A beatificação de João Paulo II, presidida pelo seu sucessor, é um fato sem precedentes: nenhum papa elevou às honras dos altares o seu imediato predecessor.[49]

Seis anos após seu falecimento, no dia 1° de maio de 2011 às 10h37 (horário de Roma), sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. Ele, acolhendo o pedido do vigário de Roma, Agostino Vallini, leu a fórmula latina que incluiu o papa polaco entre os beatos. Seu processo de beatificação foi o mais rápido da história da Igreja, nos ultimos 700 anos, mas o processo de canonização mais rapido ate hoje é do Santo Antonio de Lisboa que foi canonizado apenas 11 meses depois de morto. A celebração de seu dia será o 22 de outubro, aniversário de sua eleição ao pontificado.[28]

A cerimônia foi acompanhada na Praça de São Pedro por mais de um milhão de pessoas, vindas de todos os continentes, com aplausos e cantos religiosos. Bento XVI celebrou a cerimônia - com paramentos que pertenceram a seu antecessor - acompanhado por cardeais presentes em Roma e por Mieczslaw Mokrzycki, ex-secretário particular de João Paulo II.

Bento XVI recebeu uma relíquia contendo o sangue de João Paulo, que lhe foi entregue por Marie Simon Pierre Normand. O milagre com que foi tocada a religiosa foi um dos fatores decisivos para a beatificação de João Paulo II. Bento XVI também declarou que o processo de beatificação foi acelerado devido à grande veneração popular por Woijtila.

Homenagens
Estátua de João Paulo II em frente à catedral metropolitana, na cidade do Rio de Janeiro.[editar] EstátuasExistem várias estátuas em homenagem a João Paulo II espalhadas pelo mundo.

Uma estátua de João Paulo II foi inaugurada em 23 de Fevereiro de 2008 em Santa Clara, Cuba para recordar os dez anos da sua visita ao país. A estátua foi levada como um presente à comunidade católica de Cuba pelo secretário de Estado do Vaticano cardeal Tarcísio Bertone.

Em Fátima, que o Papa visitou por três vezes, foi inaugurada uma estátua da autoria de Czeslaw Dzwigaj, de nacionalidade polaca, por ocasião do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora, celebrado em Maio de 2008. As palavras que o Papa proferiu na Capelinha quando da primeira visita a Fátima, em 1982, estão gravadas na estátua de João Paulo II que se encontra na praça exterior, junto à nova igreja da Santíssima Trindade. A estátua de João Paulo II que retrata o momento de oração na Capelinha, junto à imagem de Nossa Senhora testemunha as Aparições do Anjo e também a actualidade do mistério das três pessoas da Santíssima Trindade.[53] É em bronze e mede 3,5m de altura.

Em 1 de Julho de 2009, a Policlínica Gemelli de Roma, onde o Papa foi internado em nove ocasiões (a primeira, em 13 de maio de 1981, após o atentado sofrido na Praça de São Pedro; a última, em março de 2005 ao final de sua enfermidade) e onde passou um total de 153 dias e 152 noites, inaugurou uma estátua em sua homenagem. A estátua foi construída de um bloco procedente das pedreiras de Carrara, pesando todo o conjunto 47 toneladas e alcançando 4,6 metros. A estátua pesa 18 toneladas e mede 3,05 metros, e tem uma base de cerca de 20 toneladas e uma cruz de metal. Está com os olhos fixos na janela do quarto do 10.º andar, onde o Papa ficava internado e de onde concedia a bênção aos fiéis. A estátua mostra uma imagem do Papa João Paulo II como recordada pelos médicos e religiosas que o assistiram até à sua morte, ou seja, com o rosto e o corpo marcados pela doença que ele nunca quis esconder. Os trabalhos para a elaboração desta escultura demoraram cerca de sete meses, sem considerar os numerosos projectos realizados anteriormente. A cerimónia de inauguração foi animada pela Banda Musical de Armas dos Carabineiros, dirigida pelo maestro Tenente Colonnello Massimo Martinelli.

Praças

Uma praça em homenagem ao Papa João Paulo II chamada Praça do Papa, foi criada em Campo Grande no local onde, em 1991, foi realizada uma missa durante a sua visita à cidade. Existem, também, outras praças com o mesmo nome em Belo Horizonte e em Vitória, em sua homenagem. Ambas se localizam no Brasil. Na cidade de Curitiba também existe um parque em sua homenagem, no local onde o Papa passou quando esteve na cidade. Em Porto Alegre, próximo ao Estádio Olímpico Monumental, há uma rótula (entre as avenidas Erico Veríssimo, José de Alencar, da Azenha e Gastão Mazeron [Cascatinha]), onde está um monumento que lembra sua missa rezada no local. Em Cabo Verde também se homenageou o Papa com uma praceta na Cidade da Praia, a praça "Cruz do Papa", onde se encontra a estátua daquele que abençoou este arquipélago. A localização é estratégica, pois a vista está direccionada para o local onde se realizou a missa em 1990.

Outras homenagens

Na cidade de Mogi Mirim o Estádio de Futebol do Mogi Mirim Esporte Clube recebeu o nome de Papa João Paulo II após o sequestro da filha do ex-presidente do Clube[carece de fontes?].Também é conhecido com um dos Papas mais amados da Igreja e de outras religiões. É também, escolhido pela sua torcida, o padroeiro do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_Paulo_II