sábado, 30 de maio de 2009

150 ANOS DO RELÓGIO LONDRINO

Big Ben


Big Ben, o relógio mais famoso do mundo faz parte do conjunto arquitetônico do Parlamento Britânico, em Londres, na torre de St. Stephen de 98 metros. O Big Ben foi projetado por Edmund Beckett Denison e instalado em 1859. Os ponteiros dos quatro mostradores medem 2,7 m e 4,7 m e o sino, responsável pelo som das badaladas, pesa 13 toneladas. O relógio trabalha coordenado com o Royal Greenwich Observatory. Seu nome homenageia Sir Benjamin Hall, o primeiro comissário de obras.Você conhece uma cidade mais pontual do que Londres? Pois é, ela foi fundada há mais de 2 mil anos pelos romanos. Em 1066 tornou-se capital da Inglaterra, depois de ser invadida pelos normandos, vindos do norte da França e liderados por Guilherme, o Conquistador.

O responsável pela fama da pontualidade de Londres é o Big Ben: o relógio mais preciso do mundo que, desde 1859, marca as horas oficiais não só da Inglaterra, mas do mundo inteiro. O horário de Londres é considerado referência para os demais países, que calculam as horas a partir do horário oficial do meridiano de Greenwich, que passa pela Inglaterra.

A torre onde fica o relógio se chama Torre de Santo Estéfano e tem 98 metros de altura. Ela é retangular e espichada para cima, com o topo em forma de pirâmide, onde fica o Big Ben. O sino do relógio pesa nada menos que 13 toneladas! Quem projetou o mecanismo do Big Ben e o desenhou foi Edmund Beckett Denison. Em 1956, o relógio andava meio avariado e começou a atrasar como todos os relógios. Naquele ano, o Big Ben passou por um conserto e voltou a ser o relógio mais preciso do mundo.

Os ponteiros do relógio mais famoso do mundo são bem grandes: o das horas tem dois metros e setenta centímetros e o dos minutos, quatro metros e trinta centímetros.

A torre do Big Ben faz parte de um conjunto de construções às margens do Tâmisa, um rio que passa pelo meio de Londres. Uma dessas construções é o Palácio de Westminster, onde funciona o Parlamento da Inglaterra. É lá que os políticos ingleses trabalham.

Mas o Big Ben não é a única atração de Londres... Você se esqueceu que a Inglaterra tem uma rainha e, portanto, um palácio? E que ela também serve de cenário para as aventuras do bruxinho mais famoso do mundo?

FONTE: http://www.canalkids.com.br/viagem/mundo/bigben.htm

terça-feira, 19 de maio de 2009

Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

O que é o "Cade"?

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) é um órgão judicante, com jurisdição em todo o território nacional, criado pela Lei 4.137/62 e transformado em Autarquia vinculada ao Ministério da Justiça pela Lei 8.884 de 11 de junho de 1994.
As atribuições do Cade estão previstas também na Lei nº 8.884/94. Ele tem a finalidade de orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos de poder econômico, exercendo papel tutelador da prevenção e da repressão a tais abusos.


Conceitos Básicos

Livre concorrência
O princípio da livre concorrência está previsto na Constituição Federal, em seu artigo 170, inciso IV e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida por agentes econômicos com poder de mercado. Em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, os preços praticados tendem a se manter nos menores níveis possíveis e as empresas devem constantemente buscar formas de se tornarem mais eficientes, a fim de aumentarem seus lucros. Na medida em que tais ganhos de eficiência são conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre uma readequação dos preços que beneficia o consumidor. Assim, a livre concorrência garante, de um lado, os menores preços para os consumidores e, de outro, o estímulo à criatividade e inovação das empresas.

Monopólio
O monopólio é a situação em que há apenas um fornecedor de um determinado bem ou serviço. Nesses casos, o monopolista pode diminuir sua produção para elevar os preços até atingir o ponto em que a quantidade produzida, multiplicada pelo preço praticado, gera à empresa o lucro máximo. Com preços artificialmente elevados, potenciais consumidores são excluídos do mercado, o que se reflete numa perda de bem-estar para a sociedade. Por outro lado, o monopolista não tem tantos incentivos para buscar inovações tecnológicas e formas mais eficientes de operar, uma vez que não existem outras empresas lutando pelo mercado.

Monopólio natural
Em alguns casos, o monopólio pode ser a forma mais eficiente de se produzir um bem ou serviço. Essa situação é conhecida como monopólio natural e pode ser observada quando existem elevadas economias de escala ou de escopo em relação ao tamanho do mercado. Em tais condições, torna-se ineficiente ter duas ou mais empresas em operação e, a fim de afastar os abusos por parte do monopolista, faz-se necessária a regulação do mercado. Esse é um dos papéis que as agências reguladoras (Anatel, Aneel, Anp etc.) desempenham, em conjunto com o Cade.

Monopsônio
O monopsônio é a situação semelhante ao monopólio, só que pelo lado do consumidor, ou seja, é a situação em que há apenas um comprado para um determinado bem ou serviço e diversos fornecedores. Nesses casos, assim como ocorre no monopólio, o poder de mercado, agora exercido pelo comprador único, pode levar à perda de bem-estar econômico para a sociedade.

SBDC - Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência é composto por três estruturas: Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF), Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE/MJ), e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). À Sea/MFe e à SDE/MJ cabe a instrução dos atos de concentração e a investigação de condutas anticompetitivas. Ao Cade cabe o julgamento dos processos instruídos pelas secretarias. Importante destacar que, nas operações envolvendo o setor de telecomunicações, as funções da Seae/MF e da SDE/MJ ficam a cargo da Anatel.

Ato de Concentração
O processo de análise pelo SBDC das operações de fusão, aquisição, joint-ventures etc. é conhecido por Ato de Concentração. As operações que apresentam determinadas características – faturamento no Brasil superior a R$ 400 milhões ou participação de mercado maior ou igual a 20% - devem obrigatoriamente ser notificadas ao SBDC. O artigo 54 da Lei 8.884/94 trata dos atos de concentração e das condições para que as operações sejam aprovadas pelo Cade.



Telefones e Endereços

Conselho Administrativo de Defesa Econômica
Telefone: (61) 3221-8599 Fax: (61) 3221-8569
E-mail:
cade@cade.gov.br
Endereço para correspondência: Setor Comercial Norte - Quadra 2 - Projeção C Cep 70712-902 - Brasília - DF

Gabinete da Presidência
Telefone: (55 61) 3221-8404
E-mail:
gab.presidencia@cade.gov.br

Assessoria de Comunicação Social
Telefone: (55 61) 3221-8402
E-mail: comunicacao@cade.gov.br

Assessoria Internacional
Telefone: (55 61) 3221-8405
E-mail: internacional@cade.gov.br

Comissão de Acompanhamento das Decisões - CAD/Cade
Telefone: (55 61) 3221-8401
E-mail: cad.cade@cade.gov.br

Procuradoria - ProCade
Telefone: (55 61) 3221-8476
E-mail: proc-cade@cade.gov.br

Coordenação Geral de Andamento Processual – COGEAP
Telefone: (55 61) 3221-8405
E-mail: cogeap@cade.gov.br


Programa de Intercâmbio – PinCade
Telefone: (55 61) 3221-8551
E-mail: pincade@cade.gov.br

Fonte: http://www.cade.gov.br/

COMO FAZER UM CURRICULUM VITAE

Modelo de currículo: como melhorar o visual do seu, em apenas 15 minutos

Quando se trata de participar de um processo seletivo para uma vaga concorrida, o currículo tem importância estratégica. Podemos assumir como verdade que muitos serão descartados sem uma leitura integral.
Também podemos assumir como provável que alguns dos currículos descartados corresponderão a candidatos que teriam potencial para serem considerados para a vaga, mas o avaliador preliminar desistirá de lê-lo antes de encontrar a informação relevante que o faria tomar a decisão certa.
É por isso que você deve preparar o currículo especialmente para cada vaga que pleiteia, ou para cada empresa que aborda, e deve dar bastante atenção ao destaque das informações relevantes para aquela colocação específica.

VEJA:
Um modelo de currículo "tradicional", recomendado ainda hoje por um grande site de empregos nacional - não caia nessa!


As agências e os sites de emprego continuam empurrando a seus clientes e usuários os mesmos modelos de currículos que nossos pais usaram na década de 70 (datilografado com capricho!), em 3 páginas, com uma série de informações desnecessárias (caso a empresa resolva contratá-lo, aí sim ela lhe pedirá o seu número do PIS…) para a análise, e deixando em segundo ou terceiro plano o que poderia ser o seu diferencial - algo que pode fazer muita diferença caso o seu avaliador tenha uma pilha suficientemente grande de candidatos e decida descartar o seu currículo antes de lê-lo na íntegra.

Hoje faremos uma abordagem diferente e prática: como dar destaque às informações mais relevantes do seu currículo, de maneira sóbria e discreta, para aumentar a chance de ser colocado na lista dos que serão chamados imediatamente para a entrevista, e não na dos que irão ser arquivados no banco de talentos! Já tratamos de forma mais profunda do assunto anteriormente em várias ocasiões, e você pode ver as dicas, modelos e exemplos de currículos aqui do Efetividade.net nos links ao final deste artigo.


Usaremos apenas recursos comuns do editor de texto, como colunas, quadros, tabelas e formatação simples (negrito, etc.). Cada uma das alterações abaixo pode ser feita em 15 minutos, se você souber usar as ferramentas básicas do seu processador de texto.

O objetivo é mostrar como você pode se diferenciar sem exagerar. Não dei atenção especial ao design (contraste, alinhamento, etc.) - portanto, se você estiver concorrendo a uma vaga de designer, passe longe destes modelos, pois além de você precisar se destacar com um currículo original, os recursos e a formatação empregados estão longe da perfeição estética.

Mas para a maioria das carreiras e vagas, usar um modelo destes será mais do que suficiente para destacá-lo entre uma pilha de currículos sem vida e sem diferenciação.

Começando pelo começo
Você provavelmente já tem um currículo-base, portanto é hora de localizar o arquivo e abri-lo. Nós vamos partir para criação de um currículo resumido que cabe em uma página:


Trata-se do modelo de currículo mais popular aqui do Efetividade.net, acessado mais de 10.000 vezes todos os dias.


Na minha avaliação, este modelo em si já se destacaria da média em muitas seleções - já avaliei currículos suficientes na vida para saber que predominam os modelos em fonte default, 100% em maiúscula, com diagramação estranha, xerox de má qualidade, em 3 páginas grampeadas, com bastante informação irrelevante para a análise.


Mas sempre há possibilidade de avançar, certo? Note que há bastante espaço em branco no lado esquerdo da folha. Que tal colocá-lo em uso com uma coluna para destacar as informações mais importantes? Basta abrir uma coluna e inserir o texto (sem removê-lo de onde ele já se encontra - o objetivo é aumentar a chance de o avaliador chegar a perceber estas características, mesmo sem ter de ler tudo). Ficaria assim:

Estamos apenas começando, mas já é uma alternativa viável. Note que a coluna da direita, mais larga, contém 100% do texto do modelo anterior no qual nos baseamos, e usa o mesmo tamanho de fonte do original. A coluna da esquerda, com fonte maior e entrelinhamento largo, usa apenas espaço que já estava livre, e foi redistribuído. Aproveitei para aumentar também a fonte do nome do Candidato, dando mais equilíbrio e destaque. Os links para download estão logo abaixo das imagens.


Para incrementar um pouco mais, sem exagerar nos enfeites, podemos fazer uso de uma cor de preenchimento e alterar o alinhamento para deixar um pouco mais clara a diferenciação entre as duas colunas. Assim:


Para fazer o efeito de cor diferenciada, inseri um quadro sem borda na coluna esquerda, e aí mudei os atributos do texto. Sobrou um pouco de espaço, então incluí um destaque adicional para as informações de contato (sempre completas e atualizadas!) no rodapé da coluna esquerda. Os links para download estão logo abaixo das imagens.


Mas naturalmente esta não é a única possibilidade. Veja esta outra alternativa, com bullets em forma de seta, e dois níveis diferentes de destaque:


Aproveitei para destacar (em negrito na coluna esquerda) os 2 itens mais relevantes para uma determinada vaga.
Só que a coluna lateral não é a única possibilidade - basta esticar e puxar um pouco os limites do texto, e podemos abrir espaço para um quadro horizontal que vai quase até a metade da folha, mantendo a íntegra do restante do texto abaixo dele. Veja:


A partir destes modelos, é fácil chegar a outros. Por exemplo, se adicionarmos os bullets em forma de seta do modelo 6 à coluna básica do modelo 4, o visual muda bastante:


Claro que não dá de mudar apenas os bullets: foi necessário mexer com as margens também.
Agora crie seu próprio modelo
Como dizia a antiga propaganda de cereal, existem mil maneiras de preparar seu currículo - invente uma!A esta altura creio que já ficou claro que basta usar os recursos mais comuns do seu processador de texto para ter grandes variações no seu resultado final.
Os links para download dos modelos criados para este artigo estão logo abaixo das imagens, e sinta-se à vontade para usá-los no seu currículo. Mas o ideal é que você, tendo percebido como é simples, monte o seu próprio modelo original, e use-o com confiança.
Uma observação: é possível que os arquivos em formato DOC apareçam ligeiramente desformatados. Eles foram exportados a partir dos originais em formato padrão ISO (do OpenOffice), e às vezes algum detalhe se perde. Recomendo usar as versões no formato do OpenOffice.

ESCREVER BEM É UMA CIÊNCIA

Como escrever melhor - em 5000 caracteres ou menos

Você é capaz de descrever um conceito ou uma proposta, por escrito, em menos de 1000 palavras? Palavras de um Colunista.

Todos os meses eu encaro o desafio de produzir minha coluna - que ocupa uma página, diagramada em 600 palavras ou 4000 caracteres - para a edição impressa da Linux Magazine brasileira e, ao longo dos anos, percebi que isso me ajudou a encontrar algumas técnicas para a melhoria dos meus textos do dia-a-dia, como atas, registros de reunião, apresentações e o ocasional artigo.

Elas são genéricas o bastante, bastando que você escolha quais se encaixam nas suas demandas. E o mais interessante é que elas também podem ser apresentadas em menos de 4000 caracteres!

Vamos a elas:

Não se intimide. Colocar suas idéias por escrito pode ser uma tarefa desafiadora, ainda mais quando se quer fazê-lo de forma sintética. Aceite o desafio, pois um texto curto e direto tem muito mais chance de ser lido integralmente, e o processo de escrevê-lo pode ajudar você até mesmo a refinar a sua idéia.

Primeiro sintetize mentalmente. Não saia escrevendo parágrafos a esmo, para depois se ver obrigado a amputá-los, formando um texto desconjuntado. Pare, delimite, pense nos tópicos essenciais do seu tema, coloque-os em ordem de importância, corrija excessos e ausências. Ao fim do processo, você já terá uma boa idéia do que deverá ser escrito, e em que ordem.

Deixe o título e o começo para depois. Em um texto curto, a primeira frase pode ser a mais importante, e não necessariamente precisa seguir a regra de apresentar uma síntese. Existem muitas formas de dar ao leitor uma razão para prosseguir a leitura (o texto que você está lendo, por exemplo, começou com uma pergunta que apresenta um desafio), e é mais fácil escolher a certa quando o corpo do texto já está pronto.

Seja direto. Você não precisa guardar o melhor para o final, e nem abusar de enfeites estilísticos. Bons textos curtos vão direto ao ponto, em palavras simples e vivas, com uma sequência lógica e cadenciada.

Quebre os parágrafos. Nem sempre é adequado recorrer a listas de itens, como eu fiz neste texto, mas vale a pena evitar os parágrafos longos. Em um texto organizado e bem dividido, o leitor tem maior facilidade em captar a importância e o interesse antes mesmo de começar a ler.

Escreva para o seu leitor. Parece óbvio, mas muita gente escreve sempre como se o texto fosse ser lido pelos seus professores, pelos seus desafetos ou, ainda pior, pelo Google. Saiba a quem você está se dirigindo, e use a linguagem adequada, sem jargões, sem técnicas que privilegiam indexadores em detrimento dos leitores de carne e osso, e sem exagerar na inclusão de destaques, piadas internas e espertezas verbais.

Não tente esgotar seu tema. Poucos temas podem ser esgotados em 2 páginas. Ao escrever um texto curto, mantenha o foco nos aspectos essenciais. Se necessário, referencie fontes onde há maior detalhamento, mas sem tentar reproduzi-las.

Busque o equilíbrio. Após escrever a primeira versão, compare o texto com a lista de tópicos essenciais que você identificou antes de começar. Verifique se estão todos presentes, e se você não dedicou espaço demais aos seus preferidos, em vez dos mais importantes.

Leve o leitor a concluir algo. O leitor pode até discordar de você, mas precisa terminar a leitura sabendo qual era a sua intenção - mesmo quando o texto terminar em um questionamento ou convite a reflexão.

Releia, treleia e quadrileia. Em textos curtos, todos os erros ficam mais evidentes. Revise múltiplas vezes, procure por erros de ortografia e estilo, corrija as idéias incompletas e os excessos.

Ao final do processo, você terá um texto curto, direto, fácil de ler e de entender. Acrescente uma boa dose de inspiração, duas pitadas de estilo, e aí é só servir, acompanhado de duas rodelas de empatia!

– E o texto acima tem exatos 3880 caracteres ;-) –

FONTE: http://www.efetividade.net/2009/05/18/como-escrever-bem-em-5000-caracteres-ou-menos/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

SAUDADE - DO COMENTÁRIO DO PAULO FRANCIS

Paulo FraJustificarncis, pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn (Rio de Janeiro, 2 de setembro de 1930Nova Iorque, 4 de fevereiro de 1997) foi um jornalista, crítico de teatro e escritor brasileiro.

Crítico teatral e intelectual de esquerda

Neto de um comerciante alemão de café, Francis fez a educação fundamental e o secundário em colégios católicos tradicionais do Rio de Janeiro, tendo sido interno dos beneditinos no primário e aluno dos jesuítas do tradicional externato Santo Inácio no secundário. Freqüentou a Faculdade Nacional de Filosofia na Universidade do Brasil, nos anos cinqüenta.
Foi ator amador no grupo de estudantes mantido por Paschoal Carlos Magno, mas acabou por abandonar os estudos universitários no Brasil em favor de um curso de pós-graduação em Literatura Dramática na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, onde foi aluno do especialista em Bertolt Brecht, Eric Bentley. Não concluiu o curso, mas a partir dele lançou as bases intelectuais de sua futura carreira jornalística.
Num artigo escrito em 1971 para O Pasquim, e recentemente republicado numa antologia da Editora Desiderata (v. referências abaixo) aliás, Francis admitiria que uma vez havia redigido de improviso um artigo sobre Shakespeare cujos erros factuais lhe teriam sido apontados pela sua colega de crítica teatral Bárbara Heliodora, mas que ele teria mantido todos os erros, por não estar interessado na realidade dos fatos, mas numa "análise".[carece de fontes?]
Paulo Francis notabilizou-se, em primeiro lugar, como crítico de teatro do Diário Carioca entre 1957 e 1963, quando intentou realizar uma crítica de teatro que, longe de simplesmente fazer a promoção pessoal das estrelas do momento, buscasse entender os textos teatrais do repertório clássico para realizar montagens que fossem não apenas espetáculos, mas atos culturais - nas suas próprias palavras, "[buscar] em cena um equivalente da unidade e totalidade de expressão que um texto, idealmente, nos dá em leitura [...] a unidade e totalidade de expressões literárias"[1]. . Seu papel como crítico, à época, foi extremamente importante. Sua agressividade verbal o colocava no centro das atenções e era acusado regularmente pelos criticados de se deixar levar pelas idiossincrasias pessoais e vaidade.
Ficou famoso o ataque - que ele mesmo classificaria mais tarde de "mesquinho, deliberadamente cruel" - à atriz Tônia Carrero - [2] que, por havê-lo acusado de "sofrer do fígado" e ser "sexy" - na gíria da época, homossexual - foi por ele acusada de haver-se prostituído e de mercadejar fotos de si mesma despida. Foi por isso agredido fisicamente duas vezes - pelo então marido da atriz, Adolfo Celi, e pelo colega de Tônia no Teatro Brasileiro de Comédia, Paulo Autran.
Em 1963, Francis foi convidado por Samuel Wainer a assumir uma coluna política na Última Hora. Como comentarista, apoiou o esquerdismo trabalhista de Leonel Brizola, a ponto de anunciar publicamente que teria incorporado-se a um dos "grupos de onze" de resistência armada antigolpista que Brizola organizava na época.
Levou a tal ponto este radicalismo que chegou a ser demitido por Wainer, que no entanto recontratou-o, paradoxalmente, após protestos de um grupo de membros da burguesia carioca que tinham em Francis uma espécie de "guru" (como disse Wainer em suas memórias: "vou te recontratar, Francis, porque faço tudo que meu banqueiro mandar").
Após o Golpe de 1964 e durante toda a ditadura militar, Francis trabalharia sobretudo no semanário O Pasquim- mas também na Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes - onde, de 1969 a 1976, refinou seu estilo num sentido mais coloquial, tendo sido uma parte importante da resistência cultural, comentando sobre assuntos internacionais e divulgando idéias de Esquerda como simpatizante trotskista que era então. Tomou posições intelectualmente corajosas contra a intervenção americana no Vietnã- e contra a ocupação israelense na Palestina - que afrontaram o consenso pró-americano e israelense da grande imprensa brasileira da época.
Foi preso diversas vezes, e, em 1971, a constante importunação da censura e dos orgãos de repressão da ditadura acabou por levá-lo a residir em Nova Iorque, como correspondente, primeiro d'O Pasquim, da Tribuna da Imprensa, da revista Status, e, após 1976, do diário paulista Folha de S. Paulo, então reformulado editorialmente pelo também simpatizante trotskista Cláudio Abramo.
Na época, Francis cometeu um de seus erros mais famosos: numa crítica sobre o filme norte-americano Tora! Tora! Tora!- que ele acusava de minimizar o caráter traiçoeiro do ataque japonês a Pearl Harbour- escreveu que o Almirante Yamamoto havia comparecido a uma première do filme em 1971 - esquecendo que o militar japonês havia morrido quando seu avião foi abatido pelos americanos em 1943.
Incursões na literatura
No fim da década de 1970 Paulo Francis lançou-se como romancista, tentando fazer uma crítica geral da sociedade brasileira através dos seus romances Cabeça de Papel (1977) e Cabeça de Negro (1979). Para essa crítica através da literatura, Francis aproveitou suas experiências pessoais dentro da elite cultural e social do Brasil e principalmente do Rio de Janeiro.
Os dois romances são uma tentativa de retratar os meios jornalísticos e da boemia carioca dos anos 1960 e 1970 através do uso de um alter ego de Francis, o qual atua como narrador em primeira pessoa, utilizando um estilo subjetivo à maneira, já consagrada na ficção moderna, de
James Joyce e Marcel Proust; por outro lado, esta representação subjetiva, própria da literatura de elite, busca uma concessão ao interesse do leitor médio articulando-se (no entender de muitos, como o amigo de Francis, o cartunista Ziraldo, mal) a um enredo de thriller de espionagem sofisticado, à maneira de Graham Greene e John Le Carré.
Francis engajou-se na literatura de ficção com sua costumeira auto-suficiência, dizendo em entrevista ao
Jornal do Brasil que no Brasil só se fariam dois tipos de literatura: O registro de sensações e as reflexões existenciais de uma mulher intelectualizada (e.g. Clarice Lispector) ou as desventuras do povo oprimido pela elite (e.g. o regionalismo de Jorge Amado), e que havia cabido a ele a tarefa de produzir uma literatura romanesca centrada não nos oprimidos de classe e/ou gênero e sim nas elites.
Mas Francis, paradoxalmente, não reconhecia a existência de toda uma vertente conservadora na literatura brasileira moderna que havia adotado exatamente este ponto de vista, tal como os romances de Octavio de Faria e Lúcio Cardoso, muito embora certamente conhecesse e respeitasse estes autores (além destes, o pernambucano Hermilo Borba Filho estava na época tentando realizar um projeto literário semelhante).
Os romances de Francis, apesar de conterem os recursos estilísticos habituais (frases telegráficas, coloquialismo, uso de estrangeirismos) que haviam feito a celebridade de Francis como jornalista, não foram apreciados pela crítica literária - a esta altura já concentrada nas universidades - que censuraram-lhe o caráter indeciso de sua ficção entre a literatura de elite e a popular, a ligeireza da discussão de idéias e o recurso freqüente ao puramente escandaloso ("retórica da esculhambação"), o grosseiro e o sexual. Seus críticos reconheceram, no entanto que o uso de tais recursos poderia explicar-se, seja pela influência de autores como Nelson Rodrigues e Henry Miller, seja pelo desejo, próprio de todo o modernismo brasileiro, de contrapôr-se à retórica pomposa e vazia do senso-comum dominante.
Estes romances tiveram relativo sucesso de público, tendo sido reimpressos várias vezes durante a década de 1970; mas não tiveram o sucesso esperado por Francis, e como já visto, foram mal recebidos pela crítica; de qualquer modo, foram discutidos e vendidos muito mais em função do próprio prestígio de Paulo Francis, e desprezados até mesmo por seus admiradores. Paulo Francis, conformado com seu fracasso como escritor, se consolava por seus livros terem sido ao menos discutidos como coisa séria por alguns críticos sérios. Note-se que as críticas mais pesadas a Francis, na época, foram as de dois notórios intelectuais conservadores: José Guilherme Merquior e Wilson Martins.
A esquerda da época, por sua vez, apesar de expressar sérias reservas, tratou Francis com respeito, tanto é que seu velho amigo, o editor comunista Ênio Silveira, que havia publicado Cabeça de Papel, organizou um número especial de sua Revista da Civilização Brasileira para que a obra de Francis fosse debatida por dois professores universitários, abrindo espaço para que Francis replicasse a cada um individualmente - o que ele fez da costumeira forma ácida e esnobe, chegando a dizer a um dos críticos que, para que ele chegasse a conhecer o que era realmente a "boa sociedade", garantiria pessoalmente sua entrada no então templo da boemia carioca, o restaurante Antonio's.
Seja como for, Francis admitiria logo depois, em seu livro de memórias, O Afeto que se encerra (1980), que contava que o sucesso como escritor lhe garantisse recursos materiais suficientes para abandonar o jornalismo diário, mas vergou-se ao fracasso comercial dos livros, incluindo as duas novelas reunidas no volume Filhas do Segundo Sexo, de 1982, em que havia feito uma tentativa de tematizar a emancipação da mulher de classe média no Brasil da época através de uma ficção sem muitos recursos formais, semelhante à do cronista José Carlos Oliveira (ou "Carlinhos" Oliveira), muito popular na época.
De fato, as expectativas infladas de Francis quanto às suas possibilidades de sucesso comercial não só eram ingênuas, dadas as dimensões do mercado editorial brasileiro, como também refletiam o que seria o fator determinante de seu papel subseqüente na cena jornalística.
Como dizia uma das grandes influências de Francis, o biógrafo de Trotsky Isaac Deutscher, não há como um intelectual original obter sucesso imediato: seu impacto é sempre lento e indireto, dada a necessidade do público de "absorver" idéias novas.
Guinada ao conservadorismo e trabalhos na televisão
O fim do regime militar, em 1985, colocou Paulo Francis numa situação similar a outros membros da elite intelectual brasileira que haviam militado na resistência à ditadura: se o fim do regime ditatorial atendia às suas aspirações políticas e intelectuais, ao mesmo tempo sentiam-se repugnados com a emergência de uma democracia de massa dotada de traços grosseiros e vulgares, combinados a uma consciência cada vez mais clara da incompetência e a corrupção dos governantes na Nova República.
Em Francis, cujo esquerdismo havia sempre combinado-se a uma constante reverência diante da alta cultura e a um certo esnobismo, esta repulsa o levou a uma postura de crítica emocional violenta em relação à classe política brasileira, expressa de forma às vezes dura, não faltando ofensas pessoais em suas crônicas e artigos da época. Que estes fossem protestos contra um estado de coisas efetivamente existente, é algo que não deixa margem a dúvida.
Sua combinação pessoal entre esquerdismo e elitismo, que até então o havia levado a solidarizar-se com as massas apesar das suas deficiências culturais, passou a se deslocar no sentido oposto, de uma oposição à vulgaridade que o levou cada vez mais a identificar-se com as elites (ou com o seu próprio ideal do que tal elite deveria ser, representar e defender).
Daí ele ter-se revelado cada vez mais descontente com o que considerava ser um certo esquerdismo inercial próprio à classe intelectual do Brasil, apegada aos ideais esquerdistas mesmo num momento de crise das idéias de esquerda e de hegemonia crescente do neoliberalismo e, finalmente, reconciliar-se e identificar-se com a mesma direita que havia combatido durante a ditadura.
Avaliar esta reviravolta ideológica de Francis é algo que depende da ideologia do avaliador. Para seus admiradores de direita, tratava-se de um ato de lucidez política; segundo o economista conservador Roberto Campos, Francis haveria descoberto que "o socialismo acabou, morreu, já não vale o investimento".
Francis, como trotskista, não havia sido jamais um admirador do regime político então vigente na União Soviética e nos seus satélites do Leste Europeu, e a queda do Muro de Berlim não o afetava diretamente em suas idéias políticas (Trotsky havia previsto a queda do stalinismo em seu A Revolução Traída).
No entanto, no mundo da década de 1960 e no Brasil da ditadura militar, uma postura esquerdista puramente literária e verbal - do tipo que o jornalista americano Tom Wolfe apelidaria radical chic - era algo muito bem visto em meios literários e jornalísticos.
Paulo Francis fez dura oposição ao governo
José Sarney, assim como à imprensa brasileira, que para ele tratava Sarney com excessivo e imerecido respeito. Francis por vezes comparava o comodismo e o "bom-mocismo" da imprensa brasileira com o que tinha como agressividade e a independência da imprensa americana. Encontrava-se, nesta época, dominado por um desencanto com o um crescente plebeísmo dos costumes políticos brasileiros, desencanto que tomaria a forma de rejeição elitista dos movimentos políticos de massa da época, e especialmente com o Partido dos Trabalhadores, que ele considerava "uma cópia grotesca do PCB", e que suscitaria, às vésperas das eleições municipais de 1988, um seu ataque violento à candidatura de Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.
Um de seus artigos atacando o candidato do PT (que segundo Francis transformaria o Brasil no "Sudão da América Latina") teve grande repercussão e provocou, entre várias reações, uma resposta de Caio Túlio Costa, então ombudsman da Folha de São Paulo. A tréplica de Francis gerou uma dura polêmica, sendo uma possível causa de sua mudança da Folha para o Estado de São Paulo. Na eleição presidencial de 1994 Francis apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso, que tinha como seu amigo pessoal, embora a razão mais provável talvez fosse Fernando Henrique Cardoso ser uma alternativa a uma nova candidatura de Luis Inácio Lula da Silva, a segunda de suas quatro candidaturas. A propósito de Lula, Paulo Francis gostava de citar Antônio Carlos Magalhães: "Entre Lula e uma alternativa, o povo vota na alternativa".
Desde 1980, tornou-se comentarista televisivo das Organizações Globo - uma virada emblemática para quem havia acusado Roberto Marinho de haver intrigado pelo seu banimento do país durante uma de suas prisões e o intitulado, em um artigo n'O Pasquim, "Um homem chamado porcaria". Celebrizou-se pelas suas aparições histriônicas no ar, onde exagerava na voz arrastada e grave, que se tornou uma marca registrada que lhe rendeu inumeráveis imitações. A notoriedade que lhe valeu esta nova persona pública, no entanto, serviu também para celebrizar seus comentários, que incluíam ataques politicamente incorretos a figuras públicas em evidência, como, por exemplo, o sindicalista da CUT Vicentinho, as prefeitas de São Paulo Luiza Erundina e Marta Suplicy, e o cantor Cazuza, entre outros.
Última polêmica e morte
Em inícios de
1997, no programa de TV a cabo do qual participava, Manhattan Connection, transmitido pelo canal GNT, Francis propôs a privatização da Petrobrás e acusou os diretores da estatal de possuírem cinqüenta milhões de dólares em contas na Suíça - acusação pela qual foi processado na justiça americana, sob alegação da Petrobrás de que o programa seria transmitido nos Estados Unidos para assinantes de canais brasileiros na TV a cabo.
Atormentado continuamente pelo processo, do qual não conseguia se desvencilhar, Francis chegou a, segundo o seu amigo e colunista político Élio Gaspari, obter que o então senador José Serra intercedesse junto ao presidente Fernando Henrique Cardoso para que este conseguisse o abandono do processo dos diretores da estatal. A intervenção não conseguiu resultados e o processo continuou.
Francis acabou por morrer de um ataque cardíaco, confundido por seu médico em seus primeiros sintomas com uma bursite.

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Francis

quarta-feira, 6 de maio de 2009

PALESTRA DO CURSO P/CONCURSO PÚBLICO - AUDITOR FISCAL

PALESTRA S/CURSO PARA CONCURSO PÚBLICO - RECEITA FEDERAL - 11/05/2009

ONDE: Rua Fernando Ferrari Esq Rua Dr Flores - MONTENEGRO - RS

CURSO PARA CONCURSO PÚBLICO: AUDITOR FISCAL E ANALISTA TRIBUTÁRIO

ESSE CONCURSO É SOMENTE PARA QUEM TEM 3º GRAU

Receita Federal recebe autorização para Concurso com 1.150 vagas

Sexta-feira, 24 de abril de 2009

O ministro Paulo Bernardo autorizou Concurso Público com um total de 1.150 vagas para os quadros da Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br/).

===>As vagas são:
=======> para Auditor-Fiscal (450 VAGAS) ...........R$ 13.067,00
=======> para Analista-Tributário (700 VAGAS)....R$ 7.624,56

A medida está detalhada na Portaria nº 87, publicada na Seção 1 do Diário Oficial da União do dia 24 de abril de 2009 (sexta-feira).De acordo com a portaria, caberá ao Ministério da Fazenda lançar edital de abertura do Concurso no prazo máximo de seis meses. As nomeações só poderão ocorrer com a permissão do Ministério do Planejamento.Os novos servidores da Receita Federal terão os seguintes vencimentos mensais: Auditor-Fiscal, subsídio de R$ 12.535,36, valor que em julho de 2009 subirá para R$ 13.067,00. Analista-Tributário, subsídio de R$ 7.095,53 que passará para R$ 7.624,56 em julho de 2009.De acordo com a Lei nº 11.890, de 24 de dezembro de 2008, que reestruturou a composição remuneratória da Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, os titulares dos cargos dessa Carreira passaram a ser remunerados por subsídio (inclusão do art. 2º-A na Lei no 10.910, de 15 de julho de 2004).Mais informações através do endereço eletrônico www.planejamento.gov.br.Venha e confira

===> Entrada pelo lado do Sind. Trab Aliment Montenegro - Em 11/05/2009 - às 19:30 hs

Ou Fale com Sr Silvio Fone 51 8406 0420 - horário comercial

FONTE: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=42238600